A importância dum líder para as empresas
Apesar de estar de baixa médica, Steve Jobs continuava a trabalhar, a participar em reuniões por vídeo-conferência e esporadicamente era avistado em público na companhia de executivos da Apple e na própria sede da empresa, em Cupertino, na Califórnia. Surpreendentemente abrilhantou o mais recente lançamento da sua empresa. A confiança dos investidores parece ser tanta que o preço das acções da Apple aumentou de 1,7% em menos dum mês a seguir ao anúncio da baixa de Jobs.
Apple & Steve Jobs, Sonae & Belmiro Azevedo, Bill Gates & Microsoft, Luís Portela & Bial, Mark Zuckerberg & Facebook, Américo Amorim & Grupo Amorim, Carlos Oliveira & MobiComp, Soares dos Santos & Jerónimo Martins, Pedro Teixeira Duarte & Teixeira Duarte, António Mota & Mota Engil, estes são outros tantos duos que associamos de imediato e que revelam só por si a importância que certas personalidades assumiram na vida de muitas empresas de sucesso.
Claro que para estes exemplos de sucesso podemos encontrar outros tantos ou mais casos que deram para o torto: Enron & Kenneth Lay, Worldcom & Bernard Ebbers, Calisto Tanzi & Parmalat, BPN & Oliveira Costa, João Rendeiro & BPP.
Estas são outras tantas ilustrações da importância dos líderes – frequentemente fundadores – para o bem e para o mal de muitas – talvez a maioria – das empresas.
Claro que também se podem identificar outros líderes empresariais ainda na corda bamba: líderes que ainda não confirmaram a bondade dos seus movimentos estratégicos. O director geral da Nokia, Stephen Elop, recrutado à Microsoft e detentor dum bom pacote de acções desta empresa, anunciou muito recentemente uma aliança com a Microsoft, de quem vai adoptar o sistema operativo para os seus telemóveis. E não sei lá porquê, mas cheira-me mais a enviesamento estratégico e a fracasso do que a outra coisa qualquer. Parece que o mesmo cheiro terá chegado às narinas dos investidores, já que no próprio dia do anúncio as acções da Nokia caíram mais de 10% na bolsa e mais de 26% no mês, e às dos sindicatos, que alegam que 6000 postos na Finlândia de trabalho estão em perigo. Alvitram alguns que talvez fosse de ponderar a sugestão de muito simplesmente mudar toda ou parte da Nokia da Finlândia para o Vale do Silício na Califórnia...
Mas a grande diferença, que muitos dos leitores entretanto já identificaram, é que, no caso das empresas nacionais mencionadas, se trata fundamentalmente de empresas familiares - por maiores que elas sejam - de grandes empresários certamente muito meritórios, mas que ao invés dos seus congéneres estrangeiros, se entregam à velha pecha nacional de colocarem os destinos das suas empresas nas mãos dos seus filhos ou de investidores estrangeiros. A Mobicomp é um exemplo a ponderar: vendida à Microsoft há alguns anos atrás está em risco de encerrar, já que os seus engenheiros foram convidados a emigrar para a sede nos EUA. Aparente motivo: Estão no fuso horário errado!
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